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Carlos A. M. FOSCOLO
Carlos@foscolo.biz
08-02-2014
DADA A LARGADA PARA A CAMPANHA PRESIDENCIAL DE 2014
QUAL DELES ESTARÁ NO ALVORADA EM 2015?
“O BRASIL PAROU”
O Governador de Pernambuco ─ Eduardo Campos ─ e também pré-candidato à Presidência da República, não obstante sua condição de ex-integrante do Governo Lula e até bem pouco, mantendo seus correligionários (do PSB) no Congresso apoiando a Base de Sustentação do Governo Dilma e, ainda, mantendo ministérios, os quais já entregou à Presidente, para ficar mais à vontade na oposição ao seu governo, inicia sua corrida, juntamente com a ex-senadora Marina Silva, em disputa pelo Planalto.
O Governador de Pernambuco, Eduardo Campos, ao lançar, no último dia 4, no Auditório Nereu Ramaos da Câmara Federal, o seu programa para eventual gestão na Presidência da República, juntamente com sua possível candidata a vice, a ex-senadora Marina Silva, que na última eleição tirou nada menos que 20 milhões de votos da então candidata Dilma Rousseff, começou “batendo forte” no atual governo, ao dizer que “O BRASIL PAROU” e que “SAIU DOS TRILHOS DO DESENVOLVIMENTO” O pre-candidato afirma com convicção que esta é a percepção clara que se tem, em qualquer parte do Brasil onde se vá.
Ao entrar no auditório, o pre-candidato foi recebido sob o coro uníssono de “Brasil, para frente, Eduardo presidente”. Ao adentrar o recinto, a provável candidata à vice-presidência, Marina Silva, foi aplaudida de pé, Em seguida foram enunciadas as 12 diretrizes elaboradas por Eduardo e Marina, que ficariam compreendidas em “5 eixos”:
O PLANO DE EDUARDO/MARINA: OS 5 EIXOS
1) Primeiro Eixo ─ Estado e democracia de alta intensidade.
Os candidatos propõem o uso da tecnologia e da mídia digital para ampliar a democracia. Defende ainda o fim de “disputas personalistas”, o fim do abuso do poder econômico e a “superação do clientelismo”. Para tanto, defende a realização de uma reforma política (?!?!) (*)
2) Secundo Eixo ─ Economia para o desenvolvimento sustentável.
Os candidatos defendem a valorização das pequenas e médias empresas, implementação de uma economia que produza baixa emissão de gás carbônico, modernização tecnológica da agricultura e “reformulação da reforma agrária” (?!?!) (*)
3) Terceiro Eixo ─ Educação, cultura e inovação.
Propõem que o foco seja a erradicação do analfabetismo, ampliação da política de cotas, e a integração entre educação e cultura, com a abertura das escolas à diversidade cultural do Brasil (?!?!) (*)
4) Quarto Eixo ─ Políticas sociais e qualidade de vida.
Propõem reforçar o Sistema Único de Saúde, a atenção básica de saúde e o atendimento a famílias (?!?!) (*)
5) Quinto Eixo ─ Novo urbanismo e o pacto pela vida.
Os candidatos prometem melhorar a mobilidade urbana investindo no transporte coletivo em “todas as suas modalidades”. Para resolver o problema da segurança pública, propõem uma “reconciliação” entre a periferia e as áreas centrais da cidade. Propõem que o acesso a transporte, cultura e lazer deve contribuir para gerar uma “cultura de paz” (?!?!) (*)
Várias outras críticas ao atual governo foram ainda feitas:
A burocracia, segundo o candidato é uma das piores pragas existentes no país. Ele citou um caso de um grande empresário, que lhe contou que só para pagar impostos ele tem 200 funcionários. Uma das críticas que arrancou risos da platéia foi aquela também referente à enorme burocracia reinante no Brasil: Eduardo Campos ao criticar o excesso de documentos necessários para realizar qualquer transação ou registro no país, disse que “Você chega num órgão público e você precisa de 30 documentos. Quando você arruma o trigésimo o primeiro já venceu”
Os candidatos fazem outras críticas, como o fisiologismo dos governos Lula e Dilma, sempre comprando apoio de parlamentares, através de verbas no orçamento, através da oferta de cargos ─ também chamado de loteamento do Poder ─ nos primeiros, segundos e outros escalões, para formar a chamada “base de sustentação do governo”, e as “idéias mofadas” praticadas pelos atuais partidos. Criticam também o crescimento pífio que o Brasil tem alcançado nos últimos anos, com índices abaixo de 2%.
Terminando suas declarações, Eduardo Campos disse “não haver ninguém que ache que mais quatro anos do que está aí fará bem ao povo brasileiro”. Campos afirmou que vai derrotar o governo atual com "ideias" e disse que não vai se "desesperar como aqueles que se agarram à máquina pública com medo de perder as eleições".
Para efetivar sua candidatura à Presidência da República, o Governador Eduado Campos pretende deixar o governo de Pernambuco, no próximo mês de abril, para então se dedicar à convenção e à campanha política.
Nossa Opinião Sobre os Planos de Eduardo/Marina
Bem, tenho acompanhado a carreira política de Eduardo Campos desde há algum tempo. Em sua campanha para o governo de Pernambuco ele começou ─ como agora ─ com menos de 10% nas pesquisas de voto. No entanto, ganhou a eleição ainda no primeiro turno. A expectativa de muitos é que agora aconteça a mesma coisa, principalmente sendo ele governador de um reduto que sempre pertenceu a Lula e que deu a vitória a Dilma: O Estado de Pernambuco, sem o qual Dilma não teria ganhado as últimas eleições.
Para mim, entretanto que sempre admirei sua capacidade de gestão, esperava que ele ao se manifestar com relação a seus planos de campanha fosse um pouco mais específico e, consequentemente não tão genérico. E políticos genéricos ─ e 99% dos políticos brasileiros o são ─ falam muito e dizem pouco. É sempre alguma coisa como “estamos estudando a possibilidade de…” ou “já mandamos instaurar inquérito administrativo para apurar” ou “a verba já foi votada e estamos eperando a liberação” e assim vai…
No caso de um candidato à Presidência da República, ser genérico é quando ele não diz ─ com todos as letras ─ o que pretende fazer, mas se perde em conjecturas teóricas ou escolásticas que nunca redundam em coisa alguma, como por exemplo no plano de Eduardo sobre a segurança nas cidades ele se limita a dizer que “propõe uma “reconciliação” entre a periferia e as áreas centrais da cidade“. O quê isso quer dizer em termos práticos? Absolutamente nada!!! Por exemplo, como isso se aplicaria a casos como aquele do Maranhão quando um bandido jogou fogo numa menina de 6 anos e ateou fogo, causando sua prematura morte? É isso que o povo quer saber. Qual seria sua atitude diante disso? Ou quando ele diz que “pretende reforçar o SUS”. Mas reforçar como? O povo quer respostas concretas e não essas ilações teóricas sempre usadas pelos políticos..
E não precisa ser muito bom observador, ou leitor, para notar que em todos os “5 eixos” propostos pelos candidatos, todas as suas propostas significam ABSOLUTAMENTE COISA ALGUM, como sempre fazem 99% dos políticos, apostando na “politização quase-zero” da grande maioria das forças que elegem os governantes.
Assim, a primeira manifestação dos candidatos, para mim, foi uma grande decepção.
À medida que outros planos ─ da Presidente Dilma e de Aécio Neves ─ estiverem também sendo publicados, nós estaremos, também, analisando-os. Só esperamos que também não subestimem tanto a capacidade do eleitor brasileiro como sempre sói acontecer nesse nosso país Tupiniquim.
CURTAS-METRAGENS
Com a “deserção” hoje da médica cubana, Ramona que pediu refúgio ao Brasil, os possíveis futuros acontecimentos, em decorrência disso, são basicamente dois: Ou o Governo Brasileiro age como agiu no caso do boxeador cubano, durante os Jogos Panamericanos, que após desertar foi obrigado a dizer que estava arrpendido e assim foi deportado para Cuba, “por por ordem do “camarada” Fidel Castro” e fielmete acatada pelo Governo Brasileiro. Ou isso se transformará num verdadeiro dominó com inúmeros outros “médicos” cubanos descobrindo (só agora?) que dos 10 mil dólares mensais que o Brasil envia a Cuba pelo serviço que cada um deles executa, eles apenas recebem mensalmente 400 e outros 600 vão para uma “conta” em Cuba, que eles nem sabem onde foi aberta! Enquanto isso, as contas dos irmãos Castro engordam com 9.000 dólares por mês, por médico contratado, à medida que aumenta o número de médicos cubanos no Brasil! E olhe que já são 6.000!
Impressiona-me, sobretudo, como pode uma presidente da República do Brasil pactuar com algo desse tipo? Como pode uma presidente de uma grande nação como o Brasil se curvar diante da vontade de um partido ideológico internacional? A ideologia pode ser considerada um tipo de vício psicológico que inibe a vontade individual, obrigando o adicto a agir compulsivamente, mesmo sabendo que por isso poderá ser condenado pela grande maioria dos cidadãos normais e descompromissados de seu país? Pode o socialismo e todos os outros “ismos imbecis” serem comparados ao vício de uma droga que nunca abandona seu adicto? Tudo indica que sim.
Esta adicção poderia ser até mesmo compreenível para uma pessoa que só respondesse por ela mesma. Mas jamais por alguém que representa ─ quer queiram todos ou não ─ nada menos que 200 milhões de pessoas, dos quais não menos que 99% nem mesmo sabem o que é socialismo, ou sequer ouviram falar dos ditadores Fidel e Raul Castro, líderes e mentores da cúpula governamental do Brasil.
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