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Carlos A. M. FOSCOLO
Carlos@foscolo.biz
17-06-2016
HORA DE PARTIR (Time to Go)
A última reportagem de capa da revista britânica ─ The Economist ─ que não tem dado muita trégua à Presidente Dilma desde seu primeiro mandato, mais uma vez, certamente irritará a decadente e desacreditada primeira mandatária de nosso país.
Desta vez, a revista analisa vários aspectos do governo Dilma, e conclui que o mandato da velha presidente já está em fase terminal, sem possibilidades de recuperação, e aponta como única solução para para salvar a Democracia, a Economia e a Paz Social do país, a sua saída do governo. E, ainda, aponta três formas que a presidente poderia usar para salvar o país, evitando assim um cáos ainda maior se ela persistir no poder até ser de alguma forma empurrada para fora, o quê, fatalmente, ocorrerá, se ela teimar em ficar, sem governar e sem resolver os gravíssimos problemas por que e passa a Nação.
A primeira forma do Brasil ser ver livre da incompetência de gestão da presidente, seria o impeachment, mas não com os motivos ora alegados ─ “pedaladas fiscais” ─ cuja atual tipificação não está muito clara ─ e que talvez não se efetivasse por causa disso. Assim, um novo processo deveria ser montado para que se utilizassem os crimes da presidente já descritos em últimas delações premiadas e investigações da Polícia Federal,em análise, ou já aceitas pelo Supremo Tribunal Federal.
A segunda alternativa seria cassação dos mandatos de Dilma e Temer em virtude de crimes eleitorais já denunciados e sendo julgados no TSE. Mas, segundo a revista, seria um processo muito demorado e o país não resistiria continuar, como se encontra, sem que enfrentasse uma falência total de cunho social, econômico-financeiro e institucional. O cáos seria então generalizado e de consequências inimagináveis em todas essa áreas e esferas sociais.
A terceira é a que a revista aconselha, por ser rápida e indolor ─ a Renúncia. Ela não causaria atritos de militantes inflamados e irresponsavelmente atiçados pelos líderes ─ como se tem visto hoje. A presidente, entretanto, já se manifestou dizendo que jamais fará isso. A revista provavelmente sugere isso em virtude de inúmeros exemplos de países desenvolvidos onde mandatários, até mesmo para evitar males maiores para seus cidadãos, renunciam a seus mandatos em incontáveis situações, infinitamente menos graves do que as que ora estão ocorrendo no Brasil. Mesmo no Brasil isso já ocorreu com o presidente Deodoro da Fonseca, que traindo seu amigo Imperador Pedro II deu o golpe instituindo esta malfadada “república”, que até hoje gera inúmeros problema (e nem sabemos porque que até hoje se comemora no dia 15 de Novembro a “Proclamação da República”, que tantos males tem causado ao país). Continuando, “renunciou” também à presidência da República, através do suicídio enquanto estava no poder, o presidente Getúlio Vargas, em seguida Jânio Quadros após poucos meses de governo e por motivos até hoje ignorados. E finalmente o Presidente Collor de Mello, que renunciou minutos antes do julgamento de seu impeachment.
A sugestão da revista “The Economist” deveria ser considerada. Talvez sim, se o ex-presidente Lula ─ atualmente o maior atiçador da militância de seu partido para reações violentas ─ ou de Dilma, ou de outros líderes de seus partidos se fossem estadistas de peso como o mundo e a própria revista está acostumada a ver, e não, meramente, líderes populistas da restrita militância de seu partido, que se dedicam à tradicional vocação de governos socialistas ou pró-socialistas ─ Cuba, Coreia do Norte, Venezuela, Bolívia, e mais uma meia-dúzia de países similares ─ de tentarem por qualquer meio se eternizarem no poder.
Pois bem, diante desta sugestão da revista britânica, a militância dos partidos que apoiam a presidente deve estar questionando: ”Mas por que a revista está se intrometendo na vida política de nosso país? Isso não é da sua conta!” Sim, aparentemente não, mas não se deve esquecer que a revista “The Economist” é uma das mais influentes no mundo e a maioria das grandes empresas estrangeiras que investem, ou já investiram, ou que pensa algum dia investir no Brasil, sempre procuraram, procuram ou procurarão a abalizada opinião da famosa revista Britânica. Assim sua opinião é de suma importância para estimular a confiança de novos investidores em nossa país. E que não se esqueçam de que uma das causas de insucesso de nossa política de comércio exterior e da diminuição de investimentos no país é fruto de uma política míope, enxergada meramente sob a ótica ideológica, elaborada pelo socialista Marco Aurélio Garcia, assessor especial da presidente Dilma para assuntos internacionais, que em sua limitada visão de mundo, nos 12 anos que está assessorando o governo, só consegue enxergar como parceiro comercial o falido Mercosul, que abriga em seu seio outros tantos países falidos, ou a ponto de falir, como o próprio Brasil, a Venezuela, Equador, Bolívia, a Argentina da demente Cristina, o pró-socialista Uruguai e o pobre Paraguai.
Que não se esqueçam que hoje vivemos num mundo global (aqui nenhuma referência à Rede Globo, execrada pela militância da presidente) cujas empresas e países investidores sempre procurarão a abalizada opinião de revistas especializas para aquilatar a conveniência, ou não, de se investir em um pais que por causa de sua instabilidade política, social ou financeira não colocaria em risco o capital de seus investidores, ou colocaria em risco a vida de seus cidadãos funcionários de empresas que aqui aventurassem se instalar.
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