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Carlos A. M. FOSCOLO
Carlos@foscolo.biz
17-08-2013
A Saúde do Governo e a do Povo
HOSPITAL INVADIDO POR MANIFESTANTES
As manifestações de rua já se estendem por mais de três meses, com o povo exteriorizando seu descontentamento com praticamente tudo que acontece neste país. Os principais alvos são os políticos, suas políticas e sobretudo o uso indevido que sua quase totalidade faz do dinheiro público. Independentemente de que partidos sejam, usam o dinheiro governamental como se ele pertencesse à sua facção. E isso não é uma característica apenas do PT. Todos os outros funcionam da mesma forma. Faz parte da cultura política -- ou falta dela -- de nosso país.
HOSPITAL SÍRIO LIBANÊS – SÃO PAULO (*)
Desta feita, o alvo das manifestações foi o Hospital Sírio Libanês, que juntamente com o Albert Einstein lideram a lista dos maiores e melhores hospitais do Brasil. Mas por que escolheram o famoso estabelecimento para protestar contra a precariedade do Sistema de Saúde – o SUS – no Brasil? É simplesmente porque a quase totalidade da população conhece a qualidade do atendimento do SUS e aquela praticada em hospitais como o Sírio Libanês. Mas -- repetimos -- por que escolher este hospital como palco da revolta? Porque é a ele que os políticos famosos recorrem para se tratarem com quase 100% de resolução para quase todos os seus problemas de saúde. Assim,ultimamente, trataram-se nele o ex-presidente Lula, a presidente Roussef (Dilma), o ex-vice presidente José Alencar e nele encontra-se internado o ex-presidente da República e do Senado, José Sarney e inúmeros outros políticos famosos. – “Mas, e daí? Se eles têm dinheiro e podem pagar os 4 ou 5 mil reais de diárias de CTI, o quê temos nós com isso?” Alguém poderia questionar. Mas é justamente esse o problema!
HOSPITAL ALBERT EINSTEIN – SÃO PAULO (**)
Há pouco tempo, o presidente da Câmara, legislando em causa própria, como é comum em todos os órgãos que têm o poder de fazê-lo (“a raposa com a chave do galinheiro”), o deputado Henrique Alves capitaneou a aprovação da legislação que eliminou o limite de gastos com assistência médica. E isso se aplica não somente aos 513 deputados mas às suas famílias e outros parentes. Também no Senado, presidido por Renan Calheiros, convênios com hospitais como Albert Einstein e Sírio Libanês garantem atendimento em saúde especial para senadores, ex-senadores, filhos, cônjuges, e outros parentes. Em apenas 7 meses o Senado gastou a bagatela de 78 milhões em despesas médicas, dos quais apenas o Sírio Libanês recebeu 5 milhões. Mas dinheiro não é problema para eles. Para isso existem os impostos pagos por todos os brasileiros. Aliás, durante 4 meses por ano o brasileiro trabalha apenas para entregar esse dinheiro ao governo. Afinal de contas, ele precisa desses recursos, não? Senão teriam de se tratar também no SUS, não teriam farta segurança, nem as passagens de aéreas, nem os seguros milionários que os assistem.
O POVO NO SUS – EM TODO O BRASIL
E, no executivo não é diferente. Todos fazem a mesma coisa: Presidente e ex presidentes também têm garantida saúde VIP, e às nossas custas. Lula, Dilma, Sarney se trataram, e tratam-se no Sírio Libanês!
O GOVERNO NO SÍRIO LIBANÊS
Assim, é verdade que o governo – ou os governos – paga a saúde para todos os cidadãos. Só que existe “saúde” e “SAÚDE”. Para o “povão” a “saúde” é no SUS, com suas imensas filas, agendamentos de 3 meses para fazer uma consulta, ou 6 a 12 meses para se submeter a uma cirurgia. E isso quando não morrem na porta do hospital à espera de atendimento. Já para os governantes e membros do Poder Legislativo, Executivo e Judiciário o dinheiro para esta despesa vêm das mesma origem: Impostos pagos pelo povo. Mas é uma “SAÚDE” especial, geralmente nos dois melhores hospitais do Brasil, cujos preços o trabalhador brasileiro não pode nem sequer sonhar em pagar.
É uma pena que esta elite brasileira que desfruta de passagens aéreas, auxílio-alimentação, moradia, combustível e até segurança particular, além de tratamento em hospitais de primeiro mundo não tenha a oportunidade de provar do próprio veneno – Este mesmo que fornecem ao povo – e tenham de, por pelo menos um dia, necessitar de um atendimento pelo SUS.
CURTA-METRAGEM
<> (*) O Hospital Sírio Libanês – Este é , sem dúvida, um dos hospitais mais famosos do Brasil. Ele tem cerca de 90 anos, é menor do que o Albert Einstein, pois tem “apenas” 3.765 funcionários, mas está mais presente na mídia, em virtude de sua política de dar entrevistas para a TV dando boletins sobre o estado de saúde de seus pacientes VIPs, sempre que estes permitam isso. Para que seus médicos tenham também um bom desempenho, não só nos serviços médicos, mas também diante das câmeras, o hospital lhes dá oportunidade de frequentar “media trainings” dentro do próprio estabelecimento.
Recentemente passou por uma grande reforma, fazendo um investimento de R$135 milhões. Para dar maior segurança a seus pacientes VIPs, o hospital tem 500 câmeras instaladas e mais de 300 controladores somados ao 100 especialistas em segurança. Ele não revela seus preços, sabe-se, no entanto, que uma diária de CTI tem preços por volta de R$4 mil. Seus tratamentos são cobertos pelos melhores convênios nacionais e internacionais, além de planos especiais de Saúde dos 3 poderes da República para seus membros.
<> (**) Hospital Albert Einstein – É bem maior do que o Sírio, mas aparece menos na mídia pois tem uma política bem diferente, preservando a privacidade de seus pacientes, e assim não dando entrevistas ou publicando boletins sobre eles. Em sua última reforma fez um investimento de R$255 milhões. Tem 8.567 funcionários e 6.000 médicos registrados. Eu o conheço bem pois já passei uma temporada nele, não como paciente – é claro, pois faço parte da faixa SUS – mas como consultor da ABS, a maior empresa de consultoria do Brasil. O hospital tem cerca de 60 anos e mantém os melhores convênios existentes no Brasil e no exterior. Além de ser muito bem pago por seus serviços – na mesma faixa do Sírio – tem ainda o suporte financeiro da rica comunidade israelita, tais como Banco Safra, Klabin, etc.
MENSAGEM RECEBIDA
De minha colega de turma da Dyersburg High School, de Dyersburg, Tennessee, USA, Janet Hancock sobre nossos escritos.No final refere-se à homenagem que meu pai Hugo Foscolo receberá no próximo dia 17:
Recent articles regarding government are so familiar for many countries. I don’t understand why our leaders only care about themselves and the ones who believe as they do, when the country is composed of many others who disagree with them. They are elected to consider the country as a whole, not one specific group.
Anyway, that is a nice honor for your father. Please send a picture of the portrait.
Abracos
Janet
LOCAL
A PREFEITURA ITINERANTE
Neste sábado, 17 de agosto, a Prefeitura Itinerante de Pompéu estará na Escola Tabelião João Batista da Rocha, onde estuda meu filho Hugo, de 7 anos, atendendo à população, de 8:00 às 12:00 hs. Na ocasião as pessoas terão a oportunidade de falar com a Ouvidoria, as Secretarias, e com o próprio Prefeito Joaquim, que também estará presente.
Incidentes com Cães
Se eu tiver disponibilidade de tempo, gostaria de ir e relatar para o prefeito o episódio que presenciei, no bairro Morada do Sol, ao participar de uma festa alusiva ao dia dos pais, quando um cão vadio, sentindo o cheiro de churrasco, entrou no recinto da festinha e mordeu uma criança de 5 anos. Na ocasião, em virtude deste fato, as pessoas passaram a relatar vários outros episódios que têm ocorrido nas vizinhanças, inclusive com moradores tomando a iniciativa de envenenar cães, ocasionando atritos entre vizinhos e boletins policiais.
Programa de Castração
Há um programa na Radio Exclusiva promovido pelos alunos da Faculdade de Veterinária da UFMG – “Prosa com Pompéu” – que oferece sugestões diversas para resolver problemas relativos a animais. Quem sabe não teriam um programa de castração a ser oferecido opcionalmente aos donos de cães, e obrigatoriamente para cães encontrados nas ruas! Isso seria a única forma de parar este crescimento incontrolável da população canina de nossa cidade. Vamos sugerir isso ao Prefeito Joaquim.
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