NOTÍCIAS: 19/11/11
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ACREDITE SE QUISER.

Mas, vocês sabiam que existem pessoas que não gostam de você, que lhe detestam mesmo  pelo simples fato de  vê-lo  feliz, alegre, de bem com a vida??? Eu Conheço algumas . Elas têm nome:  “inimigos gratuitos”  porque não suportam nos ver  felizes.Mas, o problema não é nosso é delas. Vou estar sempre com sorriso nos lábios, de bem com a vida: jamais atraio energia positiva. Só penso de forma positiva.Coitada dessa gente. Rezo todos os dias por aquelas que demonstram indiferença e  nos ignoram..A vida é bela e  Deus existe.Que Deus abençõe  e proteja todos os meus leitores virtuais, todos sem exceção... principalmente meus amigos e os meus “inimigos gratuitos”.




 
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DIAMANTINA e CURVELO unidas através da imprensa e de dois grandes amigos soçaytianos: ACIDÁLIA  Lisboa e IDEUMAR Gonçalves Soares, em noite de drinks.

 
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DIRIANE TIENGO com sua filha ARIANE IDEM. Ela(Ariane) foi aprovada no vestibular de biomedicina, no Espírito Santo.. Irá se formar no segundo grau  este ano, dia 14 de dezembro.DIRIANE é esposa do nosso querido Delegado de Polícia, Bacharel LUCÉLIO Silva.

 
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JÚNEA Carvalho com seu namorado. E aí, amigo!!! O namoro ta mais que aprovado.

 
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JANAINA e ALEXANDRE Reis. O namoro vai muito bem, obrigado.Porque hoje é sábado  e o amor é lindo. Suspeitei desde o princípio, mas apenas para confirmar, perguntei ao amigo LEONEL  Campos Reis  o nome do “bonitão” e se ele era sobrinho do Diretor da Micapel.  – “ Sim”... respondeu o Leonel: “ é meu sobrinho sim... é  filho da Zoraide.Simpático o moço. Formam um  belo casal. 

 
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HOJE, sexta feira, 18, o esperado Baile APAE. A promoção leva a assinatura da APAE  e terá “back ground” musical  da Banda Skarpas. Este colunista agradece o gentil convite a mim formulado pelo simpático casal Chiquinho e Sônia.
 
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ELLAS & ELLES
 
LUCÉLIO SILVA, Delegado de Polícia de Pompéu, aniversariou esta semana. Parabéns, amigo.***GEOMAR PINTO(leia-se Presentes e Cia.) ingressou novamente no rol dos homens solteiros. Tai um bom partido.*** A REVISTA PEQUI MAGAZINE irá circular aqui em Pompéu. Seu Editor, ALEXANDRE Benoni de Oliveira Santos esteve a cidade esta semana e fez vários contatos com empresáros e líderes classistas, entre os quais EUDES Melo, Credipéu, Agropéu e outras lideranças. O colunista foi convidado a assinar uma coluna na sua revista. Honra pra nós.
 
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OUVINTES DO PROGRAMA DO NEZITO
www.eldorado1300.com.br



NEZITO: “Esta é minha amiga ouvinte ALINE ,de São Paulo”.



NEZITO: “Esta é minha amiga ouvinte MARIA DE FÁTIMA, de Pedro Leopoldo – MG”



NEZITO: “Esta e minha amiguinha  ouvinte JENNIFER,de Sete Lagoas- MG”.



EZITO: “ Esta é minha amiga ouvinte KELLY,de Sete Lagoas – MG” .



NEZITO: “ Esta é minha amiga ouvinte,GLEICE, de Sete Lagoas - MG”.
 
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MÃE DINAH
 
GILBERTINHO PORTO – que atende também por Mãe Dinah – terá que rever seus búzios. Ele disse em uma de suas célebres previsões, que o Cruzeiro não seria campeão e que o América seria rebaixado.
E, já que estamos falando da Mãe Dinah, digo Gilbertinho – dia desses ele recebeu uma uma ligação da Agropéu e do outro lado da linha era o Diretor Helvécio Gabiel e o diálogo foi mais ou menos o seguinte:
Helvécio: “ Gilberto, estamos com um crédito pra você e queria depositar na sua conta.
Gilberto: “ Pois não, Helvécio”.
Helvécio: “Gilberto, posso depositar no Banco do Brasil pra você”?
Gilbertinho: “Não, não... por favor. Deposite na minha conta da Credipéu porque a minha conta do BB já ta cheia”. Rsssss
Essa quem me contou  foi o próprio Helvécio.

 
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MAGDA COUTO ROCHA
 
MAGDA DO ASTORZINHO pegou o ônibus em Pompéu ou o táxi(isso não importa) e foi a Belo Horizonte para se encontrar com o Gilbertinho, sua esposa Cibele e a Marina, filha do Gilbertinho.
Acontece que a Magda(ou é Magna???)não levou o endereço e assim que chegou a BH ligou para o Gilberto.
O Gilbertinho, muito preocupado, mas querendo ajudar, disse a ela:
 - “Magda, ai perto do meu apartamento tem duas bancas de jornais. Você pergunta a uma delas – a banca do...(e disse o nome da dono da banca), que ele te explica onde é o prédio do meu apartamento.
A Magda, já meio confusa e com certeza preocupada, parou em frente à banca de jornais e à primeira pessoa que passou na rua  - ela abordou a pessoa e perguntou:
 - “ Você sabe onde é a casa do Gilbertinho”??? Rsssss
(*) Eu perco um amigo, mas não perco uma piada.
Essa quem me contou foi o próprio Gilberto.

 
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RICHARD E LINAMARA
 
MUITO BONITO o casamento de RICHARD WAGNER  e LINARAMA. Há muito não via uma noiva tão feliz e tão apaixonada.Vamos publicar suas fotos em nossas próximas edições.

 
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(By Camila Ariane)
 
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(By Karine souza – leia-se Drogaria Aliança)
 
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GUSTAVO MIRANDA
 
GUSTAVO RAFAEL PIRES DE MIRANDA (leia-se www.eldorado1300.com.br)  no sábado passado nos  fez uma grande e surpresa. Colocou-nos  no ar ao vivo pelas ondas amigas da Rádio Eldorado. Foi um bate papo descontraído, ,muito gostoso e que nos proporcinou oportunidade de divulgarmos mais ainda o nosso site.
Mas, uma das maiores surpresas, foi quando ele rodou a nossa vinheta para centenas de milhares de ouvintes. A vinheta foi aquela muito bem gravada pelo Ronan Oliveira(nosso grande amigo) com o fundo musical  da música Keep it falling in  love(do Amauri Jr).
Fiquei muito grato ao Gustavo Miranda pela oportunidade.
O Nezito tamnbém me convidou para ir a seu programa Terreito da Fazenda. Irei, sim, com certeza.
 
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EXPLICAÇÃO DO "MESTRE CHINÊS"
 
"Uma mulher pergunta a um mestre chinês:
 
- Mestre, por que um homem que faz sexo com várias mulheres é
chamado de campeão e uma mulher que faz sexo com vários homens é
chamada de vagabunda?
 
E o mestre responde:
 
- Filha...Veja bem, uma chave que abre várias fechaduras é uma
chave-mestra.
- Já UMA FECHADURA QUE ABRE COM QUALQUER CHAVE, NãO SERVE PARA
NADA."
 
MESTRE É MESTRE E PRONTO!!!!!!!!!!!!!!!!!!
 
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GUSTAVO/NEZITO/TARABAL

BOA TARDE.
O NOSSO ABRAÇO.
VAMOS  LHES PASSAR A PROCURAÇÃO PARA QUE VOCÊS LEVEM AO CONHECIMENTO DE TODOS NOSSOS AMIGOS AI DESSA SIMPÁTICA EMISSORA,  SOBRE A APRESENTAÇÃO E A HOMENAGEM QUE ESTAMOS PRESTANDO A TODOS VOCÊS - OS DÍGNOS, ILUSTRES E CONSPÍCUOS COMUNICADORES DESSA EMPRESA DE COMUNICAÇÃO QUE É MUITO MAIS QUE UMA EMISSORA DE RÁDIO - PARA TRANSFORMAR-SE DEVERAS EM UMA EXTENSÃO DA NOSSA PRÓPRIA FAMILIA.

ABRAÇOS EFUSIVOS A TODOS.
 
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EDUARDO MACIEL
 
"Feliz do homem que sabe valorizar uma mulher. Este sim pode chamá-la de sua, não pelo sentimento de posse, mas por ela não querer ser de mais ninguém” – ( DE EDUARDO MACIEL, Goiânia).
 
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DE QUEM A CULPA

Caro Júlio Porto
 
Como conversamos  há pouco por  telefone, queria que você  divulgasse essa nota de esclarecimento para aqueles torcedores desavisados do CAP,  que colocaram a culpa pela perda do Título do Campeonato Regional para o Ideal  domingo p.p.,  em Bom Despacho , no técnico Gil Curraleiro.
" Antes de julgarmos e crucificarmos as pessoas deveríamos procurar saber o que está acontecendo dentro  das quatro linhas do campo, não  acham? Aqueles jogadores  que se dispuseram a bater as  penalidades e quase todos erraram, foram os únicos da equipe que se colocaram à disposição  do técnico. Os jogadores experientes, que deveriam ter batido os pênaltis, podendo assim trazer o título para o CAP  amarelaram. Portanto a culpa caro torcedor, não é do técnico concordam?
Att: Bolí
NR. BOLÍ, queira aceitar a minha total  e irrestrita solidariedade. As pessoas de bem, equilibradas e de  bom senso sabem  e conhecem  bem a postura, a seriedade, o amor pelo clube e o comprometimento  do técnico GIL  pelo CAP. O Gil, como o Tõezinho Curraleiro me disse  certa vez a respeito do seu pai – o saudoso Curraleiro – o CAP era a segunda família do meu pai – o  Antônio Gilberto(Curraleiro) . E, com o Gil não é diferente. Ele nunca me falou, mas tenho também  a mais absoluta certeza de que o CAP para o Gil é mais, muito mais que um clube  do qual é técnico... o CAP para ele também seria como se fosse sua segunda família. E, ninguém duvide  de que  o técnico quer o  melhor para o seu  clube.E, mais:  quero ver o dia que os “Curraleiro” deixarem o CAP.
 
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TALMA DIAS MACIEL
 
Prezado geraldinho,
Gostei muito da matéria  acerca do Peru, você  foi bastante generoso com sua leitora. Para abrilhantar e quem sabe estimular a leitura envio-lhe um conto do mestre Monteiro Lobato. Você  continua brilhante em sua coluna e para nós que vivemos fora da terra, nada melhor que receber notícias ....e você  é o nosso elo de ligação ...pessoalmente mais uma vez lhe agradeço por brindar-nos com o seu excelente trabalho....do seu amigo
TALMA Dias Maciel.
(Talma é meu grande amigo. Aposentado do Banco do Brasil e médico psiquiatra, radicado no Rio de Janeiro. Mas, o Doutor Talma é pompeano).
 
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O Colocador de Pronomes

Aldrovando Cantagalo veio ao mundo em virtude dum erro de gramática.

Durante sessenta anos de vida terrena pererecou como um peru em cima da
gramática.
E morreu, afinal, vítima dum novo erro de gramática.

Martir da gramática, fique este documento da sua vida como pedra angular
para uma futura e bem merecida canonização,

Havia em Itaoca um pobre moço que definhava de tédio no fundo de um
cartório. Escrevente. Vinte e três anos. Magro. Ar um tanto palerma. Ledor
de versos lacrimogêneos e pai duns acrósticos dados à luz no "Itaoquense" ,
com bastante sucesso.

Vivia em paz com as suas certidões quando o frechou venenosa seta de Cupido.
Objeto amado: a filha mais moça do coronel Triburtino, o qual tinha duas,
essa Laurinha, do escrevente, então nos dezessete, e a do Carmo, encalhe da
família, vesga, madurota, histérica, manca da perna esquerda e um tanto
aluada.

Triburtino não era homem de brincadeira. Esguelara um vereador oposicionista
em plena sessão da câmara e desd'aí se transformou no tutú da terra. Toda
gente lhe tinha um vago medo; mas o amor, que é mais forte que a morte, não
receia sobrecenhos enfarruscados nem tufos de cabelos no nariz.

Ousou o escrevente namorar-lhe a filha, apesar da distância hierárquica que
os separava. Namoro à moda velha, já se vê, pois que nesse tempo não existia
a gostorura dos cinemas. Encontros na igreja, à missa, troca de olhares,
diálogos de flores - o que havia de inocente e puro. Depois, roupa nova,
ponta de lenço de seda a entremostrar-se no bolsinho de cima e medição de
passos na rua d'Ela, nos dia de folga. Depois, a serenata fatal à esquina,
com o

Acorda, donzela.

Sapecado a medo num velho pinho de empréstimo. Depois, bilhetinho perfumado.

Aqui se estrepou.

Escrevera nesse bilhetinho, entretanto, apenas quatro palavras, afora pontos
exclamativos e reticências:

Anjo adorado!

Amo-lhe!

Para abrir o jogo bastava esse movimento de peão. Ora, aconteceu que o pai
do anjo apanhou o bilhetinho celestial e, depois de três dias de sobrecenho
carregado, mandou chamá-lo à sua presença, com disfarce de pretexto - para
umas certidõesinhas, explicou.

Apesar disso o moço veio um tanto ressabiado, com a pulga atrás da orelha.

Não lhe erravam os pressentimentos. Mas o pilhou portas aquém, o coronel
trancou o escritório, fechou a carranca e disse:

- A família Triburtino de Mendonça é a mais honrada desta terra, e eu, seu
chefe natural, não permitirei nunca - nunca, ouviu? - que contra ela se
cometa o menor deslize.

Parou. Abriu uma gaveta. Tirou de dentro o bilhetinho cor de rosa,
desdobrou-o

- É sua esta peça de flagrante delito?

O escrevente, a tremer, balbuciou medrosa confirmação.

- Muito bem! Continuou o coronel em tom mais sereno. Ama, então, minha filha
e tem a audácia de o declarar. Pois agora.

O escrevente, por instinto, ergueu o braço para defender a cabeça e
relanceou os olhos para a rua, sondando uma retirada estratégica.

- . é casar! Concluiu de improviso o vingativo pai.

O escrevente ressuscitou. Abriu os olhos e a boca, num pasmo. Depois,
tornando a si, comoveu-se e com lágrimas nos olhos disse, gaguejante:

- Beijo-lhe as mãos, coronel! Nunca imaginei tanta generosidade em peito
humano! Agora vejo com que injustiça o julgam aí fora!.

Velhacamente o velho cortou-lhe o fio das expansões.

- Nada de frases, moço, vamos ao que serve: declaro-o solenemente noivo de
minha filha!

E voltando-se para dentro, gritou:

- Do Carmo! Venha abraçar o teu noivo!

O escrevente piscou seis vezes e, enchendo-se de coragem, corrigiu o erro.

- Laurinha, quer o coronel dizer.

O velho fechou de novo a carranca.

- Sei onde trago o nariz, moço. Vassuncê mandou este bilhete à Laurinha
dizendo que ama-"lhe". Se amasse a ela deveria dezer amo-"te". Dizendo
"amo-lhe" declara que ama a uma terceira pessoa, a qual não pode ser senão a
Maria do Carmo. Salvo se declara amor à minha mulher.

- Oh, coronel.

- . ou a preta Luzia, cozinheira. Escolha!

O escrevente, vencido, derrubou a cabeça com uma lágrima a escorrer rumo à
asa do nariz. Silenciaram ambos, em pausa de tragédia. Por fim o coronel,
batendo-lhe no ombro paternalmente, repetiu a boa lição da gramática
matrimonial.

- Os pronomes, como sabe, são três: da primeira pessoa - quem fala, e neste
caso vassuncê; da Segunda pessoa - a quem fala, e neste caso Laurinha; da
terceira pessoa - de quem se fala, e neste caso do Carmo, minha mulher ou a
preta. Escolha!

Não havia fuga possível.

O escrevente ergueu os olhos e viu do Carmo que entrava, muito lampeira da
vida, torcendo acanhada a ponta do avental. Viu também sobre a secretária
uma garrucha com espoleta nova ao alcance do maquiavélico pai, submeteu-se e
abraçou a urucaca, enquanto o velho, estendendo as mãos, dizia teatralmente:

- Deus vos abençoe, meus filhos!

No mês seguinte, e onze meses depois vagia nas mãos da parteira o futuro
professor Aldrovando, o conspícuo sabedor de língua que durante cinqüenta
anos a fio coçaria na gramática a sua incurável sarna filológica.

Até aos dez anos não revelou Aldrovando pinta nenhuma. Menino vulgar, tossiu
a coqueluche em tempo próprio, teve o sarampo da praxe, mas a cachumba e a
catapora. Mais tarde, no colégio, enquanto os outros enchiam as horas de
estudo com invenções de matar o tempo - empalamento de moscas e moidelas das
respectivas cabecinhas entre duas folhas de papel, coisa de ver o desenho
que saía - Aldrovando apalpava com erótica emoção a gramática de Augusto
Freire da Silva. Era o latejar do furúnculo filológico que o determinaria na
vida, para matá-lo, afinal.

Deixêmo-lo, porém, evoluir e tomêmo-lo quando nos serve, aos 40 anos, já a
descer o morro, arcado ao peso da ciência e combalido de rins. Lá está ele
em seu gabinete de trabalho, fossando à luza dum lampião os pronomes de
Filinto Elísio. Corcovado, magro, seco, óculos de latão no nariz, careca,
celibatário impenitente, dez horas de aulas por dia, duzentos mil réis por
mês e o rim volta e meia a fazer-se lembrado.

Já leu tudo. Sua vida foi sempre o mesmo poento idílio com as veneráveis
costaneiras onde cabeceiam os clássicos lusitanos. Versou-os um por um com
mão diurna e noturna. Sabe-os de cór, conhece-os pela morrinha, distingue
pelo faro uma séca de Lucena duma esfalfa de Rodrigues Lobo. Digeriu todas
as patranhas de Fernão Mendes Pinto. Obstruiu-se da broa encruada de Fr.
Pantaleão do Aveiro. Na idade em que os rapazes correm atrás das raparigas,
Aldrovando escabichava belchiores na pista dos mais esquecidos mestres da
boa arte de maçar. Nunca dormiu entre braços de mulher. A mulher e o amor -
mundo, diabo e carne eram para ele os alfarrábios freiráticos do
quinhentismo, em cuja soporosa verborréia espapaçava os instintos lerdos,
como porco em lameiro.

Em certa época viveu três anos acampado em Vieria. Depois vagabundeou, como
um Robinson, pelas florestas de Bernardes.

Aldrovando nada sabia do mundo atual. Desprezava a natureza, negava o
presente. Passarinho conhecia um só: o rouxinol de Bernadim Ribeiro. E se
acaso o sabiá de Gonçalves Dias vinha citar "pomos de Hesperides" na
laranjeira do seu quintal, Aldrovando esfogueteava-o com apostrofes:

- Salta fora, regionalismo de má sonância!

A língua lusa era-lhe um tabu sagrado que atingira a perfeição com Fr. Luiz
de Sousa, e daí para cá, salvo lucilações esporádicas, vinha chafurdando no
ingranzéu barbaresco.

- A ingresia d'hoje, declamava ele, está para a Língua, como o cadáver em
putrefação está para o corpo vivo.

E suspirava, condoído dos nossos destinos:

- Povo sem língua!. Não me sorri o futuro de Vera-Cruz.

E não lhe objetassem que a língua é organismo vivo e que a temos a evoluir
na boca do povo.

- Língua? Chama você língua à garabulha bordalenga que estampam periódicos?
Cá está um desses galicígrafos. Deletreemo-lo ao acaso.

E, baixando as cangalhas, lia:

- Teve lugar ontem. É língua esta espurcícia negral? Ó meu seráfico Frei
Luiz, como te conspurcam o divino idioma estes sarrafaçais da moxinifada!

- . no Trianon. Por que, Trianon? Por que este perene barbarizar com
alienígenos arrevesos? Tão bem ficava - a Benfica, ou, se querem neologismo
de bom cunho o Logratório.Tarelos é que são, tarelos!

E suspirava deveras compungido.

- Inútil prosseguir. A folha inteira cacografa-se por este teor. Aí! Onde
param os boas letras d'antanho? Fez-se peru o níveo cisne. Ninguém atende à
lei suma - Horácio! Impera o desprimor, e o mau gosto vige como suprema
regra. A gálica intrujice é maré sem vazante. Quando penetro num livreiro o
coração se me confrange ante o pélago de óperas barbarescas que nos vertem
cá mercadores de má morte. E é de notar, outrossim, que a elas se vão as
preferências do vulgacho. Muito não faz que vi com estes olhos um gentil
mancebo preferir uma sordície de Oitavo Mirbelo, Canhenho duma dama de
servir, (1) creio, à. advinhe ao que, amigo? A Carta de Guia do meu divino
Francisco Manoel!.

- Mas a evolução.

- Basta. Conheço às sobejas a escolástica da época, a "evolução" darwinica,
os vocábulos macacos - pitecofonemas que "evolveram", perderam o pelo e se
vestem hoje à moda de França, com vidro no olho. Por amor a Frei Luiz, que
ali daquela costaneira escandalizado nos ouve, não remanche o amigo na
esquipática sesquipedalice.

Um biógrafo ao molde clássico separaria a vida de Aldrovando em duas fases
distingas: a estática, em que apenas acumulou ciência, e a dinâmica, em que,
transfeito em apóstolo, veio a campo com todas as armas para contrabater o
monstro da corrupção.

Abriu campanha com memorável ofício ao congresso, pedindo leis repressivas
contra os ácaros do idioma.

- "Leis, senhores, leis de Dracão, que diques sejam, e fossados, e alcaçares
de granito prepostos à defensão do idioma. Mister sendo, a forca se
restaure, que mais o baraço merece quem conspurca o sacro patrimônio da sã
vernaculidade, que quem ao semelhante a vida tira. Vêde, senhores, os
pronomes, em que lazeira jazem.

Os pronomes, aí! Eram a tortura permanente do professor Aldrovando. Doía-lhe
como punhalada vê-los por aí pré ou pospostos contra-regras elementares do
dizer castiço. E sua representação alargou-se nesse pormenor, flagelante,
concitando os pais da pátria à criação dum Santo Ofício gramatical.

Os ignaros congressistas, porém, riram-se da memória, e grandemente piaram
sobre Aldrovando as mais cruéis chalaças.

- Quer que instituamos patíbulo para os maus colocadores de pronomes! Isto
seria auto-condenar-nos à morte! Tinha graça!

Também lhe foi à pele a imprensa, com pilhérias soezes. E depois, o público.
Ninguém alcançara a nobreza do seu gesto, e Aldrovando, com a mortificação
n'alma, teve que mudar de rumo. Planeou recorrer ao púlpito dos jornais.
Para isso mister foi, antes de nada, vencer o seu velho engulho pelos
"galicígrafos de papel e graxa". Transigiu e, breve, desses "pulmões da
pública opinião" apostrofou o país com o verbo tonante de Ezequiel. Encheu
colunas e colunas de objurgatórias ultra violentas, escritas no mais estreme
vernáculo.

Mas não foi entendido. Raro leitor metia os dentes naqueles intermináveis
períodos engrenados à moda de Lucena; e ao cabo da aspérrima campanha viu
que pregara em pleno deserto. Leram-no apenas a meia dúzia de Aldrovandos
que vegetam sempre em toda parte, como notas rezinguentas da sinfonia
universal.

A massa dos leitores, entretanto, essa permaneceu alheia aos flamívomos
pelouros da sua colubrina sem raia. E por fim os "periódicos" fecharam-lhe a
porta no nariz, alegando falta de espaço e coisas.

- Espaço não há para as sãs idéias, objurgou o enxotado, mas sobeja, e
pressuroso, para quanto recende à podriqueira!. Gomorra! Sodoma! Fogos do
céu virão um dia alimpar-vos a gafa!. exclamou, profético, sacudindo à
soleira da redação o pó das cambaias botinas de elástico.

Tentou em seguida ação mais direta, abrindo consultório gramatical.

- Têm-nos os físicos (queria dizer médicos), os doutores em leis, os
charlatãs de toda espécie. Abra-se um para a medicação da grande enferma, a
língua. Gratuito, já se vê, que me não move amor de bens terrenos.

Falhou a nova tentativa. Apenas moscas vagabundas vinham esvoejar na salinha
modesta do apóstolo. Criatura humana nem uma só lá apareceu afim de
remendar-se filologicamente.

Ele, todavia, não esmoreceu.

- Experimentemos processo outro, mais suasório.

E anunciou a montagem da "Agência de Colocação de Pronômes e Reparos
Estilísticos".

Quem tivesse um autógrafo a rever, um memorial a expungir de cincas, um
calhamaço a compor-se com os "afeites" do lídimo vernáculo, fosse lá que,
sem remuneração nenhuma, nele se faria obra limpa e escorreita.

Era boa a idéia, e logo vieram os primeiros originais necessitados de
ortopedia, sonetos a consertar pés de verso, ofícios ao governo pedindo
concessões, cartas de amor.

Tais, porém, eram as reformas que nos doentes operava Aldrovando, que os
autores não mais reconheciam suas próprias obras. Um dos clientes chegou a
reclamar.

- Professor, v. s. enganou-se. Pedi limpa de enxada nos pronomes, mas não
que me traduzisse a memória em latim.

Aldrovando empertigou-se.

- Pois, amigo, errou de porta. Seu caso é alí com o alveitar da esquina.

Pouco durou a Agência, morta à míngua de clientes. Teimava o povo em
permanecer empapado no chafurdeiro da corrupção.

O rosário de insucessos, entretanto, em vez de desalentar exasperava o
apóstolo.

- Hei-de influir na minha época. Aos tarelos hei de vencer. Fogem-me à
férula os maráus de pau e corda? Ir-lhes-ei empós, fila-los-eis pela gorja.
Salta rumor!

E foi-lhes "empós", Andou pelas ruas examinando dísticos e tabuletas com
vícios de língua. Descoberta a "asnidade", ia ter com o proprietário, contra
ele desfechando os melhores argumentos catequistas.

Foi assim com o ferreiro da esquina, em cujo portão de tenda uma tabuleta -
"Ferra-se cavalos" - escoicinhava a santa gramática.

- Amigo, disse-lhe pachorrentamente Aldrovando, natural a mim me parece que
erre, alarve que és. Se erram paredros, nesta época de ouro da corrupção.

O ferreiro pôs de lado o malho e entreabriu a boca.

- Mas da boa sombra do teu focinho espero, continuou o apóstolo, que ouvidos
me darás. Naquela tábua um dislate existe que seriamente à língua lusa
ofende. Venho pedir-te, em nome do asseio gramatical, que o expunjas.

- ? ? ?

- Que reformes a tabuleta, digo.

- Reformar a tabuleta? Uma tabuleta nova, com a licença paga? Estará acaso
rachada?

- Fisicamente, não. A racha é na sintaxe. Fogem ali os dizeres à sã
gramaticalidade.

O honesto ferreiro não entendia nada de nada.

- Macacos me lambam se estou entendendo o que v. s. diz.

- Digo que está a forma verbal com eiva grave. O "ferra-se" tem que cair no
plural, pois que a forma é passiva e o sujeito é "cavalos".

O ferreiro abriu o resto da boca.

- O sujeito sendo "cavalos", continuou o mestre, a forma verbal é
"ferram-se" - "ferram-se cavalos!"

- Ahn! Respondeu o ferreiro, começo agora a compreender. Diz v. s. que .

- . que "ferra-se cavalos" é um solecismo horrendo e o certo é "ferram-se
cavalos".

- V. S. me perdoe, mas o sujeito que ferra os cavalos sou eu, e eu não sou
plural. Aquele "se" da tabuleta refere-se cá a este seu criado. É como quem
diz: Serafim ferra cavalos - Ferra Serafim cavalos. Para economizar tinta e
tábua abreviaram o meu nome, e ficou como está: Ferra Se (rafim) cavalos.
Isto me explicou o pintor, e entendi-o muito bem.

Aldrovando ergueu os olhos para o céu e suspirou.

- Ferras cavalos e bem merecias que te fizessem eles o mesmo!. Mas não
discutamos. Ofereço-te dez mil réis pela admissão dum "m" ali.

- Se V. S. paga.

Bem empregado dinheiro! A tabuleta surgiu no dia seguinte dessolecismada,
perfeitamente de acordo com as boas regras da gramática. Era a primeira
vitória obtida e todas as tardes Aldrovando passava por lá para gozar-se
dela

Por mal seu, porém, não durou muito o regalo. Coincidindo a entronização do
"m" com maus negócios na oficina, o supersticioso ferreiro atribuiu a macaca
à alteração dos dizeres e lá raspou o "m" do professor.

A cara que Aldrovando fez quando no passeio desse dia deu com a vitória
borrada! Entrou furioso pela oficina a dentro, e mascava uma apóstrofe de
fulminar quando o ferreiro, às brutas, lhe barrou o passo.

- Chega de caraminholas, ó barata tonta! Quem manda aqui, no serviço e na
língua, sou eu. E é ir andando antes que eu o ferre com bom par de ferros
ingleses!

O mártir da língua meteu a gramática entre as pernas e moscou-se.

- "Sancta simplicitas!" ouviram-no murmurar na rua, de rumo à casa, em busca
das consolações seráficas de Fr. Heitor Pinto. Chegado que foi ao gabinete
de trabalho, caiu de borco sobre as costaneiras venerandas e não mais
conteve as lágrimas, chorou.

O mundo estava perdido e os homens, sobre maus, eram impenitentes. Não havia
desviá-los do ruim caminho, e ele, já velho, com o rim a rezingar, não se
sentia com forças para a continuação da guerra.

- Não hei-de acabar, porém, antes de dar a prelo um grande livro onde
compendie a muita ciência que hei acumulado.

E Aldrovando empreendeu a realização de um vastíssimo programa de estudos
filológicos. Encabeçaria a série um tratado sobre a colocação dos pronomes,
ponto onde mais claudicava a gente de Gomorra.

Fê-lo, e foi feliz nesse período de vida em que, alheio ao mundo, todo se
entregou, dia e noite, à obra magnífica. Saiu trabuco volumoso, que daria
três tomos de 500 páginas cada um, corpo miúdo. Que proventos não adviriam
dali para a lusitanidade. Todos os casos resolvidos para sempre, todos os
homens de boa vontade salvos da gafaria! O ponto fraco do brasileiro falar
resolvido de vez! Maravilhosa coisa.

Pronto o primeiro tomo - Do pronome Se - anunciou a obra pelos jornais,
ficando à espera das chusmas de editores que viriam disputá-la à sua porta.
E por uns dias o apóstolo sonhou as delícias da estrondosa vitória
literária, acrescida de gordos proventos pecuniários.

Calculava em oitenta contos o valor dos direitos autorais, que, generoso que
era, cederia por cinqüenta. E cinqüenta contos para um velho celibatário
como ele, sem família nem vícios, tinha a significação duma grande fortuna.
Empatados em empréstimos hipotecários sempre eram seus quinhentos mil réis
por mês de renda, a pingarem pelo resto da vida na gavetinha onde, até
então, nunca entrara pelega maior de duzentos. Servia, servia!. E
Aldrovando, contente, esfregava as mãos de ouvido alerta, preparando frases
para receber o editor que vinha vindo.

Que vinha vindo mas não veio, aí!. As semanas se passaram sem que nenhum
representante dessa miserável fauna de judeus surgisse a chatinar o
maravilhoso livro.

- Não me vêm a mim? Salta rumor! Pois me vou a eles!

E saiu em via sacra, a correr todos os editores da cidade.

Má gente! Nenhum lhe quis o livro sob condições nenhumas. Torciam o nariz,
dizendo "Não é vendável"; ou: "Porque não faz antes uma cartilha infantil
aprovada pelo governo?

Aldrovando, com a morte n'alma e o rim dia a dia mais derrancado, retesou-se
nas últimas resistências.

- Fá-la-ei imprimir à minha custa! Ah, amigos! Aceito o cartel. Sei pelejar
com todas as armas e irei até ao fim. Bofé!

Para lugar era mister dinheiro e bem pouco do vilíssimo metal possuía na
arca o alquebrado Aldrovando. Não importa! Faria dinheiro, venderia móveis,
imitaria Bernardo de Pallissy, não morreria sem ter o gosto de acaçapar
Gomorra sob o peso da sua ciência impressa. Editaria ele mesmo um por um
todos os volumes da obra salvadora.

Disse e fez.

Passou esse período de vida alternando revisão de provas com padecimentos
renais. Venceu. O livro compôs-se, magnificamente revisto, primoroso na
linguagem como não existia igual.

Dedicou-o a Fr. Luz de Souza:

À memória daquele que me sabe as dores,

O Autor.

Mas não quis o destino que o já trêmulo Aldrovando colhesse os frutos de sua
obra. Filho dum pronome impróprio, a má colocação doutro pronome lhe
cortaria o fio da vida.

Muito corretamente havia ele escrito na dedicatória: .daquele que me sabe. e
nem poderia escrever doutro modo um tão conspícuo colocador de pronomes.
Maus fados intervieram, porém - até os fados conspiram contra a língua! - e
por artimanha do diabo que os rege empastelou-se na oficina esta frase. Vai
o tipógrafo e recompõe-na a seu modo .d'aquele que sabe-me as dores. E assim
saiu nos milheiros de cópias da avultada edição.

Mas não antecipemos.

Pronta a obra e paga, ia Aldrovando recebê-la, enfim. Que glória!
Construíra, finalmente, o pedestal da sua própria imortalidade, ao lado
direito dos sumos cultores da língua.

A grande idéia do livro, exposta no capítulo VI - Do método automático de
bem colocar os pronomes - engenhosa aplicação duma regra mirífica por meio
da qual até os burros de carroça poderiam zurrar com gramática, operaria
como o "914″ da sintaxe, limpando-a da avariose produzida pelo
espiroqueta da pronominuria.

A excelência dessa regra estava em possuir equivalentes químicos de uso na
farmacopéia alopata, de modo que a um bom laboratório fácil lhe seria
reduzí-la a ampolas para injeções hipodérmicas, ou a pílulas, pós ou poções
para uso interno.

E quem se injetasse ou engolisse uma pípula do futuro PRONOMINOL CANTAGALO,
curar-se-ia para sempre do vício, colocando os pronomes instintivamente bem,
tanto no falar como no escrever. Para algum caso de pronomorreia agudo,
evidentemente incurável, haveria o recurso do PRONOMINOL Nº 2, onde entrava
a estriquinina em dose suficiente para libertas o mundo do infame sujeito.

Que glória! Aldrovando prelibava essas delícias todas quando lhe entrou casa
a dentro a primeira carroçada de livros. Dois brutamontes de mangas
arregaçadas empilharam-nos pelos cantos, em rumas que lá se iam; e concluso
o serviço um deles pediu:

- Me dá um mata-bicho, patrão!

Aldrovando severizou o semblante ao ouvir aquele "Me" tão fora dos mancais,
e tomando um exemplo da obra ofertou-a ao "doente".

- Toma lá. O mau bicho que tens no sangue morrerá asinha às mãos deste
vermífugo. Recomendo-te a leitura do capítulo sexto.

O carroceiro não se fez rogar; saiu com o livro, dizendo ao companheiro:

- Isto no "sebo" sempre renderá cinco tostões. Já serve!

Mal se sumiram, Aldrovando abancou-se à velha mesinha de trabalho e deu
começo à tarefa de lançar dedicatórias num certo número de exemplares
destinados à crítica. Abriu o primeiro, e estava já a escrever o nome de Rui
Barbosa quando seus olhos deram com a horrenda cinca:

"daquele QUE SABE-ME as dores".

- Deus do céu! Será possível?

Era possível. Era fato. Naquele, como em todos os exemplares da edição, lá
estava, no hediondo relevo da dedicatória a Fr. Luiz de Souza, o
horripilantíssimo

- "que sabe-me".

Aldrovando não murmurou palavra. De olhos muito abertos, no rosto uma
estranha marca de dor - dor gramatical inda não descrita nos livros de
patologia - permaneceu imóvel uns momentos.

Depois empalideceu. Levou as mãos ao abdômen e estorceu-se nas garras de
repentina e violentíssima ânsia.

Ergueu os olhos para Frei Luiz de Souza e murmurou:

- Luiz! Luiz! Lamma Sabachtani?!

E morreu.

De que não sabemos - nem importa ao caso. O que importa é proclamarmos aos
quatro ventos que com Aldrovando morreu o primeiro santo da gramática, o
mártir número um da Colocação dos Pronomes.

Paz à sua alma.
( Colaboração do Doutor Talma Dias Maciel – Copacabana – Rio de Janeiro)
 
Notas e Fotos
Pompéu
 
No próximo sábado,19, os pompeanos terão a oportunidade de prestigiar a 9ª edição da Barqueata Ecológica.A partir das 8h, diversos barcos sairão da ponte do rio São Francisco com destino ao Rancho do Sabiá, na reoresa de Pompeu.Para animar o público que prestigiará o evento, Warley Reis e a dupla sertaneja Douglas & Diego tocarão um diversificado repertório de músicas animadas, para não deixar ninguém parado.As camisas já se encontram à venda e podem ser adquiridas pelo valor de R$100 (masculino) e R$80 (feminino) na pizzaria Aconchego ou na Casa Nova Materiais de Construções.
 
Fonte:Jornal Tempo
Coluna:Élder Martinho
Edição:15 de novembro de 2011
 
Notas e Fotos
CASO DE JURI CIVIL
 
Seu João pensou melhor e decidiu que os ferimentos que sofreu num acidente
de trânsito eram sérios o suficiente para levar o dono do outro carro ao
tribunal.
No tribunal, o advogado do réu começou a inquirir seu João:
- O senhor não disse na hora do acidente: "Estou muito bem!"?
Seu João responde:
- Bem, vou lhe contar o que aconteceu. Eu tinha acabado de colocar minha
mula favorita na caminhonete...
- Eu não pedi detalhes! interrompeu o advogado. Só responda a pergunta.
O senhor não disse na cena do acidente: "Estou muito bem!"?
- Bem, eu coloquei a mula na caminhonete e estava descendo a rodovia...
O advogado interrompe novamente e diz:
- Meritíssimo, estou tentando estabelecer os fatos aqui. Na cena do
acidente este homem disse ao patrulheiro rodoviário que estava bem. Agora,
várias semanas após o acidente, ele está tentando processar meu cliente e
isso é uma fraude. Por favor, poderia dizer a ele que simplesmente responda
a pergunta?
 
Mas, a essa altura, o Juiz estava muito interessado na resposta de seu João
e disse ao advogado:
- Eu gostaria de ouvir o que ele tem a dizer.
Seu João agradeceu ao Juiz e prosseguiu:
- Como eu estava dizendo, coloquei a mula na caminhonete e estava descendo
a rodovia quando uma pick-up atravessou o sinal vermelho e bateu na minha
caminhonete bem na lateral. Eu fui lançado fora do carro para um lado da
rodovia e a mula foi lançada pro outro lado. Eu estava muito ferido e não
podia me mover. De qualquer forma, eu podia ouvir a mula zurrando e
grunhindo e, pelo barulho, eu pude perceber que o estado dela era muito
ruim. Logo após o acidente, um patrulheiro rodoviário chegou ao local. Ele ouviu a mula gritando e zurrando e foi até  onde ela estava. Depois de dar uma olhada nela, ele pegou a arma e atirou bem entre os olhos do animal.
Depois, então, o policial atravessou a estrada com sua arma na mão, olhou
para mim e disse:
- Sua mula estava muito mal e eu tive que atirar nela. Como o senhor está
se sentindo?
 
Notas e Fotos
Caro Júlio Porto,gosto muito de ler sua coluna,mas gostaria de
ver mais notícias da minha cidade.Sei que Pompéu tem grandes matérias,como
toda cidade em constante crescimento,deveríamos destacar nossas
indústrias,os produtores de leite,os crimes ,as obras sociais,os pompeanos
que  não moram na cidade mas fazem carreiras...
Desculpe se não é o foco de sua coluna.(Wellington Narle).
NR. Oi amigo.. volte sempre. Olha, procuramos sempre dar mais ênfase a nossa cidade, mas alguém(Ronan Oliveira) já disse com muita propriedade que a coluna Júlio Porto não pertence mais a Pompéu – mas  vou procurar lhe atender sim, com toda certeza.
 
Notas e Fotos
Entretenimento, tudo que rola na sociedade pompeana, região e em todo Brasil, curiosidades, cultura e muita informação.......
Nao deixem de visitar a coluna semanal de Júlio Porto.com . Com ele a noticia é em primeiríssima mão.(RALPH)
Uma das mais bem conceituadas colunas sociais de Minas Gerais. A coluna da dona de casa, da família, dos soçaytianos, do trabalhador, daquele que busca dicas para seu final de semana...
Interatividade, cultura, informação, entretenimento, dicas e muita novidade...
Através desta coluna você poderá conhecer e saber um pouco mais da região centro oeste de Minas, POMPEU E REGIÃO. Fiquem ligados pois a informação em primeiríssima mão você encontra aqui.
Eu acesso. Falta você!!!( RALPH SANTOS – MISTER MUNDIAL UNIVERSO 2011
 
Notas e Fotos
RALPHHHHHHHHHHH... OBRIGADO PELO SEU CARINHO. OLHA AMIGO, ESTÁ FALTANDO ALGUÉM NA CÂMARA MUNICIPAL DA SUA CIDADE PARA LHE PROPOR UMA MOÇÃO COM VOTOS DE CONGRATULAÇÕES PELO MUITO QUE VOCÊ TEM FEITO PELA CIDADE EM TERMOS DE DIVULGAÇÃO.MAS, QUEM SABE APARECE ALGUÉM DE BOM SENSO E SE TOCA!!! NADA SERIA MAIS JUSTO, MAS A NOSSA CÂMARA MUNICIPAL PARECE MÍOPE. É UMA PENA. VOU DAR DESTAQUE EM NOSSO SITE, NO JORNAL "O TEMPO", DO QUAL SOU CORRESPONDENTE AQUI NA CIDADE E TB NAS EMISSORAS DE RÁDIO ONDE TENHO ACESSO: NAS RÁDIOS ITATIAIA, INCONFIDÊNCIA, RADIO CRIATIVA , DE MART. CAMPOS, ELDORADO, DE S LAGOAS, DIFUSORA, DE BOM DESPACHO, REDEATIVA DE PAPAGAIOS,FM DE PITANGUI, MÀXIMA DE BOM DESPACHO, DIÁRIO, DE RIBEIRÃO PRETO, JORNAL BOCA DO POVO E SETE DIAS , DE S LAGOAS, VOZ DA LIBERDADE, DE TONNY MORENO E OUTROS... QUEM VIVER VERÁ!!!! GRANDE ABRAÇO MISTER MUNDIAL UNIVERSO 2011. VOCÊ ESTÁ INCOMODANDO MUITA GENTE, PODE TER CERTEZA. MAS, OS INCOMODADOS NADA PODEM FAZER PARA LHE OFUSCAR... E , A DEMAN QUE EU VOU EM FRENTE...ACESSEM www.julioporto.com ABS. DO AMIGO JULIO PORTO.
 
Notas e Fotos
HOMEM DE POMPÉU MG É O MAIS BONITO DO MUNDO.








Ralph(foto) disputou título com 69 candidatos
O brasileiro Ralph Santos, 26 anos, venceu no último mês o Mister Mundial Universo. O concurso de beleza já existe há mais de dez anos e abrange 70 representantes de vários países. No ano passado o Mister Mundial aconteceu na cidade de Lima, no Peru. Este ano, o Mineiro, da cidade de Pompéu, disputou o título em Arequipa, também no país peruano, onde foi eleito o homem mais bonito do mundo.
Para Ralph receber o título foi algo muito gratificante. “Vim de uma família simples e acabei tendo uma grande oportunidade na vida. Para esse concurso mudei um pouco minha rotina diária e incluí mais horas de treinos físicos, alimentação balanceada e cuidados com o corpo em geral”, disse ele.
Ainda segundo o modelo, ser Mister não é ter somente beleza, mas um somatório de requisitos para que as pessoas possam se identificar. “Na parte de beleza prefiro ser julgado pelos outros. Cada nação tem seu conceito do que é belo. Ser Mister para mim vai além de ter um rosto e um corpo bonito. Humildade, carisma e envolvimento com a sociedade e com o meio ambiente são características necessárias”, afirmou.
Antes desse título, o modelo que iniciou sua carreira há dois anos, já havia se destacado em outros concursos como Mister Brasil Terra 2011, Mister Brasil Mundial 2011, Mister Santa Catarina Mundo 2011 e Mister Minas Gerais Mundial 2011.
Atualmente Ralph mora em Brasília e é Assessor Parlamentar. Ele pensa em continuar o “reinado” intercalando a modelagem
 
Notas e Fotos
"clique na foto para ampliar"
Carlos FOSCOLO



carlos@foscolo.biz



19/11/11





15 DE NOVEMBRO: PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA
O QUÊ O BRASIL TEM A COMEMORAR?
 
 
            Esta semana, tivemos mais um feriado no último dia 15 de novembro.  O Brasil estava “comemorando” os 122 anos da Proclamação da República.  Naquela data caía o governo monárquico brasileiro que governara por nada menos que 67 anos.  Naquela, data caíra um dos maiores estadistas e progressistas – na acepção correta da palavra – que o século 19 conhecera em todo o mundo:  O imperador D.Pedro II, admirado pelos líderes mundiais por suas idéias avançadas e inovadoras, tendo chegado ao ponto de colocar o Brasil como um dos primeiros países do mundo a usar o selo, o telefone, a estrada de ferro e assim por diante.  Enfim, o Imperador Brasileiro era considerado um cientista e amante das letras e da educação. Pedro II, desde muito jovem foi sócio-correspondente de dezenas de instituições científicas, Manteve correspondência com diversas personalidades proeminentes da época, tendo se encontrado com alguns durante suas viagens ao exterior, entre os quais Nietzsche, Waldo Emerson além de escritores famosos, como Lewis Carrol, Júlio Verne e Victor Hugo. O poeta francês Lamartine o  denominava "Príncipe filósofo" e Eça de Queiroz dizia que ele mostrava uma "rara ilustração". Amigo de Camille Flamarion, um dos maiores astrônomos da época, empenhou-se em equipar e reorganizar o atual Observatório Nacional. Sua paixão pela astronomia, a ciência preferida, valeu-lhe constantes caricaturas na imprensa brasileira, ilustrando-o acompanhado de sua luneta.

Pedro II esteve na exposição de Filadélfia, Estados Unidos, em 1876 , ocasião em que Graham Bell demonstrou-lhe a sua nova invenção: O telefone. Pedro II foi o primeiro brasileiro a usar um telefone e um dos divulgadores e financiadores do novo invento.  Pedro II foi também o primeiro a financiar Louis Pasteur, que o reconheceu como um “homem de ciências”.  O Imperador já admirava as pesquisas de Pasteur, muito antes de o cientista ser reconhecido na França, tendo inclusive o convidado a morar no Brasil.  Apaixonado pela arqueologia, visitou as ruínas de Tróia e as pirâmides do Egito.  O Imperador era amado por seu povo e admirado por todo o mundo.

            E, foi neste clima, no auge de seu governo que já durava 49 anos, amado por seu povo e admirado por todos os governantes, cientistas e homens de letras que tiveram a oportunidade de conhecê-lo, que o imperador foi deposto por um golpe de estado, na calada da noite, escondido do povo, tal era o receio dos golpistas de que o povo se rebelasse contra eles.

            Para se ter idéia quão insignificantes, com raras exceções, eram os  republicanos da época, na  primeira manifestação republicana – O Manifesto Republicano de 1870 – os manifestantes não  ousaram repudiar  a escravidão, pois em sua maioria eram fazendeiros escravocratas.  Também não ressaltaram os verdadeiros valores que uma res publica  poderia proporcionar ao povo, pois estavam muito mais preocupados com seus próprios interesses pessoais.  E tão aberto e democrático – não se confunda democracia com república – era o regime monárquico, que o imperador jamais impediu a existência de um  Partido Republicano legalizado que concorria às eleições parlamentares livremente, Mas os republicanos eram tão impopulares e desacreditados perante a opinião pública, que embora concorressem às eleições sem qualquer restrição por parte do imperador – e nem era preciso –  só conseguiram fazer dois deputados em 1884 e, nenhum, na última legislatura do império, já em 1889.  Este era o prestígio dos agentes da “Proclamação da República” de legitimidade tão  questionável.

Quanto a liberdade de imprensa, segundo vários historiadores brasileiros, dentre eles José Murilo de Carvalho, nunca o Brasil desfrutou de tanta liberdade de expressão quanto no Segundo Reinado. Até mesmo injúrias ao monarca eram publicadas, não admitindo ele que fossem punidas ou que os jornais que as divulgavam fossem processados ou fechados. No entanto, já no Brasil republicano proibiu-se o anonimato nos órgãos de imprensa, que era aceito no período imperial. Mas, de todo modo, assegura Carvalho, o imperador defendia a liberdade de imprensa por convicção e não por conveniência.

 O fato é que a República Brasileira nasceu na calada da noite e os 600 soldados comandados por uns poucos oficiais, nem mesmo sabiam porque ou contra quem estavam em ação. Dentre os comandantes havia até mesmo alguns, como o próprio Deodoro, que preferia esperar a morte do imperador por causas naturais,  para assim propor um plebiscito e instaurar a Republica.  Mas um plebiscito seria muito arriscado, tão grande era a popularidade do imperador e da princesa Isabel.  Em vista disso, a sede de poder de líderes como Benjamin Constant exigiu que se desse o golpe, o quê de fato aconteceu  e a família imperial foi colocada em um navio, também de madrugada, e banida para a Europa, sem que o povo nem mesmo soubesse.

E assim nasceu a nossa República.  Nasceu  doente, e doente permaneceu até nossos dias.  O significado latino das palavras RES PUBLICA tinha pequeno significado para os instaladores do novo regime.  E porque não lhes significava muito, também não tiveram muito interesse em transmiti-los às novas gerações de mandatários que, ao contrário, sempre viram a coisa pública como uma oportunidade para se enriquecerem ou acumular o poder que assegurasse sua oligarquia.

            Assim nasceu nossa República.  Não posso falar, nem quero, em nome de todo o povo brasileiro, mas pelo menos falo em nome daqueles que acham que não há verdades indizíveis.  E delas estamos cheios desde os primórdios da  Proclamação da Republica e suas 7,5 constituições, com todas as traições, golpes de estado, neste 122 anos, onde jamais prevaleceu o princípio do respeito à coisa pública, à vontade popular, mas tão somente o das ambições pessoais e do uso do Estado para se enriquecer ou fortalecer seus feudos políticos que são a marca registrada de nossa república.

            É evidente que não se poderia querer grandes coisas de uma República nascida da traição, do golpe de estado, da ilegitimidade, do culto às oligarquia  como foi a nossa.  Durante grande parte de seus 122 anos ela jamais foi um modelo dos princípios que deveriam nortear uma república: Temporariedade, Eletividade e Responsabilidade.  E após sucessivos fracassos das constituições de 1891, 1934, 1937 – a Polaca do Estado Novo – de estabelecer e valorizar um Poder Judiciário eficaz ou respeitar os direitos individuais, a de 1946 continua sem prestigiar o Judiciário, mas ensaia alguma coisa nos direitos individuais.  No entanto as de 1967 mais a emenda constitucional de 69, não obstante o respeito dos governantes de então com a utilização dos bens públicos e sua parcimônia com os gastos governamentais, pecaram pela não preservação dos direitos individuais de muitos de nossos irmãos.  O fato é que o Brasil realmente começa a ter uma constituição que inicia a intenção de praticar os princípios da República com a aprovação da Carta Magna de 1988.  Porém, as liberdades outorgadas pela Carta, mal utilizadas que foram, deram margem a uma permissividade com relação à imoralidade e  à desonestidade das classes governantes, conduzindo o país a este estado de corrupção generalizada que hoje toda a nação brasileira assiste estupefata.

            Este não é o espaço ideal para discutir com profundidade um tema de tamanha importância, pois seriam páginas infindáveis de análise.  Mas queremos apenas através deste pequeno sumário das circunstâncias em que a República foi implantada no Brasil, ou dos relatos dos inúmeros golpes de estado e ações anti-democráticas,  praticadas na quase totalidade desses 122 anos, ou da constatação da corrupção que reina em nosso país neste instante, envolvendo os mais altos funcionários governamentais, fazer-lhe apenas uma pergunta, que gostaria que você respondesse com sinceridade:  Você acha que realmente tivemos algo a comemorar neste 15 de novembro?    

 
 
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